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Cerca de 21 mil famílias vivem na miséria em Sorocaba

Dados da Prefeitura de Sorocaba mostram que mais de 30 mil crianças estão em situação de pobreza na cidade.


Viver com menos de R$ 2,60 por dia é a realidade de 34.688 sorocabanos, o que caracteriza situação de extrema pobreza. Outras 26.907 pessoas se enquadram na situação de pobreza, com R$ 6 reais diários para alimentação, moradia, roupas e higiene. Ao todo, 21.411 famílias vivem na miséria em Sorocaba e o dado mais preocupante divulgado pela Secretaria de Igualdade e Assistência Social (Sias) é referente às crianças: mais de 30,5 mil vivem em situação de pobreza e extrema pobreza na cidade.

Mais de três mil famílias não recebem nenhum tipo de auxílio assistencial. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (21/12/2017)

Segundo a Sias, todas as 21.411 famílias estão cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal, que é a via de acesso aos benefícios sociais como o Bolsa Família. Mas ocorre, porém, que muitas destas famílias acabaram perdendo os seus benefícios por descumprirem requisitos legais para o recebimento do dinheiro, como a pesagem periódica das crianças nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e frequência escolar.


Atualmente a cidade tem 17.354 famílias devidamente cadastradas no Bolsa Família e esse número é 4,9% maior se comparado ao ano passado, quando 16.531 famílias tinham acesso ao benefício. Porém, do total de famílias em situação de miséria, mais de três mil ficam sem o amparo do programa, mesmo vivendo com uma renda inferior a de R$ 78 per capita por mês.


Segundo a Sias, o lançamento de dados no sistema Cadastro Único é realizado pelo pela própria pasta, e a pesagem e frequência escolar é realizado respectivamente pelas secretarias da Saúde e da Educação. “Mas a inclusão no benefício, suspensão e cancelamento são feitos de forma automática pelo sistema com base no preenchimento dos requisitos”, justificou a pasta municipal.

O desamparo familiar se reflete principalmente nas crianças. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (6/5/2016)

Isto ocorre também devido a dados inconsistentes prestados ao Cadastro Único pela família, uma vez que o cadastro é autodeclaratório e o governo federal verifica essas informações comparando com outras bases de dados como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

De acordo com a Sias, por meio dos 11 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e uma unidade de Atendimento no Residencial Carandá, as famílias em vulnerabilidade recebem atendimentos técnicos e com cadastramento para benefícios assistenciais. Essas unidades contam com assistentes sociais, psicólogos, dentre outros profissionais que ofertam para a população os serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família.


Mapeamento


Os Cras também realizam um mapeamento sobre a situação socioeconômica das famílias que são acompanhadas e o maior nível de pessoas em situação de pobreza e extrema é na região do Ipiranga, na zona oeste de Sorocaba. Lá estão cadastradas 5.754 famílias, e dessas, 2.543 vivem em condições que caracterizam miséria. No Cras do Conjunto Ana Paula Eleutério, o Habiteto, o índice também é alto, com uma área de abrangência de 1.590 famílias. Dessas, pouco mais um mil vivem com menos de R$ 6 por dia.


No Cras São Bento, segundo o mapeamento apresentado pela Sias, 671 famílias, o que representa aproximadamente 2.350 pessoas, vivem como menos de R$ 2,60 por dia. Outros 1.900 sorocabanos residentes no bairro contam com no máximo R$ 6 diariamente. No Vitória Régia, segundo o Cras da região, 1.615 famílias acompanhadas estão em situação de pobreza e extrema pobreza. (Larissa Pessoa).



Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul (Sorocaba/SP).

1 Comment


Essa é uma notícia muito triste para nossa Cidade, que é segundo pesquisa , considerada cidade Rica e de Empregos, precisamos rever as políticas públicas a esse respeito e Fazer algo em Prol dessas Famílias.

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